Ela tinha sua casa de paredes brancas, tudo arrumadinho, tudo tão limpo. Com seu relógio dourado cumpria todos os compromissos familiares, profissionais ou caridosos sempre com classe e tranquilidade que por dentro estivesse tudo errado.
Porém em uma sala de espera asséptica mudaria sua vida e ela se perguntava. - Como um lugar onde suas maneiras, sua classe social e nem mesmo seu nome importava poderia mudar sua vida?
Então veio o médico com sua voz cálida e disse: - Você só tem uma semana de vida. Sinto muito não há nada que se possa fazer.
Sabe aquele sentimento de letargia que temos diante de um acontecimento explosivo, foi o que ela sentiu antes da carga de adrenalina de quem tem pouco tempo para fazer muito.
Para ela até seria simples " ser eu mesma por uma semana", porque o resto ela já tinha feito mas nunca foi o suficiente, porque na maioria das vezes era feito em função do outro e raras vezes para ela.
Essa mudança seria bem dificil, pois sua vida já seguia no piloto automático e a liberdade total, ter todas as rédeas as vezes é complicado.
Saiu do consultório confusa mas determinada em fazer algo em relação á estes 7 dias restantes, então fez a primeira coisa que foi parar de tentar dar sentido à tudo, algumas coisas simplesmente não fazem sentido!
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